Muitos consumidores associam chocolate amargo a benefícios saudáveis, o que alavanca a venda desse setor. Por sinal, nova pesquisa da Mintel revela que há oportunidades de mercado no Brasil para o produto.

O chocolate amargo é conhecido pelos seus benefícios à saúde em mercados maduros. No Reino Unido, por exemplo, ele é considerado mais saudável do que as variantes ao leite e branca por quase seis em cada dez consumidores (57%). Entretanto, isso não acontece no Brasil, onde apenas 17% dos consumidores de chocolate veem o chocolate amargo como sendo beneficial à saúde. No entanto, este percentual sobe para 27% entre os consumidores de chocolate amargo, o que pode significar, até certo ponto, que o posicionamento mais saudável deste segmento esteja gerando resultados. A penetração do chocolate amargo (36%) é bem pequena em comparação à penetração do chocolate ao leite (81%), chocolate branco (67%) e chocolate com nozes/recheios (64%). Isso indica um potencial de crescimento significativo no segmento de chocolate amargo.

No entanto, é provável que esse crescimento dependa de uma maior comunicação do posicionamento saudável do chocolate amargo, em comparação aos outros tipos de chocolate com porcentagens menores de cacau. É essencial que as empresas comuniquem a presença de antioxidantes (e seus benefícios associados à saúde), assim como o teor mais baixo de ingredientes menos saudáveis​​, como açúcar, em suas receitas. Mesmo que as campanhas de promoção do chocolate amargo como uma opção mais saudável sejam bem sucedidas no Brasil, o sabor mais refinado do chocolate amargo em comparação ao chocolate ao leite pode, contudo, continuar sendo um obstáculo para o segmento.

No entanto, houve um aumento de novos produtos de chocolate amargo no mercado brasileiro em 2013, especialmente no formato de tabletes, o que indica que os fabricantes estão atentos ao potencial de crescimento do segmento. De acordo com o banco de dados globais da Mintel (Global New Products Database _ GNPD), 47% dos tabletes de chocolate lançados em 2013, no Brasil, foram de chocolate amargo, em comparação com apenas 13% em 2012.

O posicionando do chocolate amargo como uma opção mais saudável, mas ainda assim altamente gratificante, poderia atrair os consumidores preocupados com a saúde, mas que ainda se permitem consumir chocolate ocasionalmente. Isso pode ajudar as empresas a manter o engajamento dos consumidores com a categoria na medida em que envelhecem, devido ao interesse por questões relacionadas à saúde, que normalmente aumenta com a idade.

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