O mercado de goma de mascar vem mostrando sinais de declínio nos Estados Unidos, revela a Mintel. Essa situação acontece desde 2011. Em 2013, por exemplo, o mercado, estimado pela Mintel em US$ 3,1 bi, caiu 3%. Por sinal, os EUA não são o único país a mostrar uma queda de venda do produto. Muitos consumidores europeus também estão menos interessados em chicletes.

Fabricantes e observadores de mercado sugerem várias razões para explicar o declínio das gomas de mascar. A situação econômica dos Estados Unidos e da Europa é um dos motivos, pois quando a renda diminui os consumidores tendem a pensar mais antes de comprar por impulso. E, ao mesmo tempo, o mercado de chicletes também sofre com a falta de inovação. Os últimos lançamentos mais criativos foram as variedades com multi camadas de sabor e produtos com “paladar” de sobremesa. Mas esses já estão nas lojas faz cerca de cinco anos.

O mercado de chicletes também sofre com a falta de inovação

Os ingredientes presentes nas gomas de mascar também fazem parte do problema, pois são considerados artificiais, sejam as versões com ou sem açúcar, as quais contém, pelo menos, um tipo de adoçante artificial, como o aspartame ou o acesulfame de potássio. Além do mais, elas também têm cores, sabores e ingredientes não naturais. De fato, somente 7% dos lançamentos dessa sub-categoria apresentam posicionamento natural.

“Simplesmente não pensei em comprar” é apontada como a principal razão por não adquirir ou reduzir o consumo de chiclete, conforme informação presente no relatório da Mintel: Gum, Mints and Breath Fresheners, US 2013. A resposta sugere que o produto tem pouca relevância para o consumidor americano. De fato, os principais motivos para o consumo de chicletes, pastilhas e balas refrescantes são melhorar o hálito, 70%, e tirar “gosto ruim” da boca, 60%, finalidades que podem ser tão facilmente resolvidas tanto por balas refrescantes do hálito e pastilhas quanto chicletes _ porém sem os aspectos negativos associados à goma de mascar.

Ao contrário da goma, que é vista como não sofisticada por 6% dos consumidores americanos, balas que refrescam o hálito e pastilhas são geralmente mais aceitas. E muitos não consomem chiclete pois o produto não tem uma característica “funcional”, como refrescante do hálito, por exemplo. Para a indústria de chicletes retomar o crescimento, a saída passa por melhorias de embalagem e formas mais práticas para jogá-los fora, depois de consumidos.

Para informações sobre os mercados de chicletes e pastilhas no Brasil, a Mintel lançou recentemente o relatório Balas e Doces Industrializados – Brasil.

 

Parte da equipe Mintel desde 2000, Márcia é especialista nos mercados de doces e snacks. Ela também tem vasto conhecimento de demografia do consumidor, tendo atuado anteriormente como editora associada da revista American Demographics. Antes de se juntar à Mintel, Marcia dirigia a sua própria empresa de consultoria, especializada em comportamento do consumidor e inovação de produtos.

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