A elevação dos gastos com beleza está diretamente ligada ao aumento do poder aquisitivo das classes mais baixas e, principalmente, à maior presença da mulher no mercado de trabalho.
Apesar do aumento nos gastos com beleza, a vida corrida e agitada de muitas mulheres brasileiras, que trabalham fora, e cuidam da casa, dos filhos e do marido, não permite que a maioria delas dedique o tempo que gostaria para os cuidados pessoais. Mulheres de 35 a 44 anos são as que mais afirmam que não têm tempo necessário para se cuidar, e isso representa uma oportunidade para oferta de produtos que ajudem nesses cuidados, sem que elas precisem gastar tanto tempo.
O mercado de cuidados para os cabelos, pensando em atender a essas demandas, apresentou uma tendência que atende pelo nome de “salonização”, em que os produtos de beleza antes restritos aos salões são disponibilizados em farmácias e supermercados para serem usados em casa. Assim é possível ter resultados similares ao de salão mesmo sem ter tempo para ir a um deles. De acordo com dados Mintel GNPD (Global New Product Database), produtos com esse apelo profissional, que promete resultados de salão, cresceu 154% de 2009 a 2012, dobrando sua participação nos lançamentos deste mercado nesse período.
A pesquisa do consumidor Mintel também constatou que pelo menos seis em cada dez consumidoras preferem fazer os tratamentos para cabelo em casa, em vez de ir no salão de beleza e mesmo com o aumento dos lançamentos de produtos com esse apelo de salão/profissional, ainda estamos falando de apenas 13% dos lançamentos de 2012, assim ainda há muito espaço para esse tipo de produto.
E se pelo lado da praticidade estes produtos atraem principalmente as mulheres economicamente ativas na faixa de 25 a 44 anos, as consumidoras mais maduras, acima de 45 anos, se destacam na preferência por tratar os cabelos em casa em vez do salão, conforme pesquisa do consumidor Mintel, o que demonstra que elas também são um público potencial dos produtos com apelo de salão para usar em casa.