Apesar da atual crise econômica no Brasil, o relatório Mintel de Produtos Farmacêuticos, de 2016, da Mintel, mostra que o segmento de vitaminas e minerais tem crescido constantemente nos últimos anos. Em 2014, as receitas de vendas no varejo de vitaminas e minerais situaram-se em R$ 2,6 bilhões, um crescimento de 12% em relação ao ano anterior, registrando um aumento total de 102% desde 2010.

O mercado beneficiou-se com a mudança na forma que os consumidores veem as vitaminas e os minerais. Antes, havia a percepção que esses produtos eram destinados somente para idosos, mas agora os consumidores mais jovens demonstram um maior interesse no segmento, com foco especial em produtos capazes de melhorar a aparência. Como resultado, esse mercado tem registrado um forte crescimento contínuo ao longo dos últimos cinco anos.

De fato, os brasileiros mais jovens são os principais consumidores de vitaminas e suplementos, com pico registrado entre aqueles com idade de 25 a 34 anos, já que 21% deles declara comprar produtos desse segmento. Comparando, apenas 11% da população entre 45 e 54 anos de idade usa esses produtos. Considerando as cidades brasileiras onde eles são mais populares, eles são mais comprados em farmácias das cidade de Fortaleza, 23%, e Curitiba, 22%, enquanto Porto Alegre, 8%, Recife, 9%, e Belém, 9%, apresentam as taxas mais baixas.

De acordo com o relatório de Vitaminas e Suplementos, da Mintel, de fevereiro 2014, o preço é um motivador chave entre os consumidores desses produtos. Entre os usuários da categoria, 30% concordam que eles iriam comprar mais esses produtos se não fossem tão caros. Ainda de acordo com o mesmo relatório, 41% dos consumidores adquirem suas vitaminas e suplementos em farmácias ou drogarias, mostrando a importância deste canal. Enquanto apenas 13% deles dizem comprá-los em lojas especializadas e 12%, em supermercados.

Complementando, o relatório de 2016 indica que os últimos modismos em dieta estão entre outras razões pelo bom desempenho do segmento. O aumento da obesidade no Brasil fez com que profissionais da saúde exercessem mais pressão sobre os pacientes em relação a seus hábitos alimentares. Consequentemente, surgiu uma série de novas dietas, como a Dukan e a Paleo, por exemplo, que ganharam muita atenção dos consumidores. Muitas dessas dietas envolvem o corte de grupos alimentares específicos, como laticínios e carboidratos.

Nesse sentido, há potencial para marcas de suplementos e vitaminas atingirem os consumidores por meio de anúncios educativos, destacando quais nutrientes podem faltar quando dietas restritivas são seguidas. Assim, essas marcas podem dar dicas de como reverter esse déficit através do consumo de suplementos específicos.

Andre está na Mintel desde abril de 2014. Analista de pesquisa, faz parte da equipe de Mercados Emergentes, desenvolvendo relatórios e análises do mercado brasileiro. Antes de se juntar à Mintel, ele trabalhou para o IBOPE, empresa onde fazia pesquisa de mídia.

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