O comportamento do consumidor brasileiro está mudando por conta da crise da COVID-19

Algumas regiões do Brasil estão em confinamento ou sob maiores restrições à medida que a crise da COVID-19 se aprofunda. Para os consumidores, a recessão afeta as prioridades de gastos. As preocupações com a saúde mental e física também estão em alta.

De julho a outubro de 2020, a preocupação com a exposição à COVID-19 diminuiu. Um aumento dos casos no país, como consequência dos encontros de fim de ano e das festividades, resultou em uma elevação da preocupação com a superexposição em novembro (68%) e dezembro (72%). Os níveis de preocupação permaneceram elevados em janeiro de 2021. Quando o Tracker Global COVID-19 Mintel – Brasil, estava em campo no início de 2021, não havia uma confirmação concreta do início da vacinação no Brasil, o que também pode ter contribuído para a ansiedade e o medo dos consumidores de serem infectados.

Os brasileiros sentem o impacto da COVID-19 nas finanças, pois mais da metade considera sua situação financeira atual como apertada, em dificuldades ou problemática. Em dezembro de 2020, o governo pagou a última parcela do auxílio emergencial criado para ajudar os necessitados durante a pandemia, o que significa que dois em cada cinco lares brasileiros não terão esse orçamento extra a partir de 2021, o que irá comprometer os gastos e afetar as decisões de compra.

Com mais da metade dos brasileiros concordando que seu bem-estar mental é agora uma alta prioridade, fica claro que novas necessidades dos consumidores estão surgindo como resultado do surto da COVID-19, e os consumidores estão interessados em produtos projetados para ajudar a atender a essas necessidades. Dois em cada cinco usuários de produtos de cuidados com a pele estão cientes de que fatores emocionais podem influenciar a aparência da pele, já que mais de dois em cada cinco usuários de produtos de limpeza dizem que estariam interessados em produtos de limpeza com aromas relaxantes, e mais de três em cada cinco brasileiros dizem que gostariam de ter mais alimentos/bebidas com ingredientes que possam melhorar a saúde mental/emocional.

Os brasileiros não apenas se preocupam com a saúde mental, mas também com a saúde física. Já vimos que o exercício é uma atividade de alta prioritária para três em cada 10 brasileiros, mas poucos se sentem confortáveis em praticar exercícios. As atividades ao ar livre são preferidas, com quase um terço dos consumidores dizendo que as fazem e que se sentem confortáveis em fazê-lo; por outro lado, ir à academia ainda não é visto como uma atividade segura, com quase três em cada cinco consumidores concordando que não o fazem, e não se sentiriam confortáveis em fazê-lo. Isto se deve provavelmente a preocupações com a segurança.

Tendo escolhas limitadas de exercício, os brasileiros sentem o impacto no corpo: quase dois em cada cinco estão escolhendo comer mais saudável durante a pandemia devido à redução da atividade física.

Observação: este artigo abrange dados anteriores ao início da vacinação; o trabalho de campo terminou em 14 de janeiro de 2021, e a primeira vacina no Brasil foi dada em 17 de janeiro. No artigo seguinte, falaremos sobre o que os consumidores pensam sobre a vacina, comportamentos de fadiga da COVID-19 e o impacto econômico um ano após o primeiro caso da COVID-19 ter sido diagnosticado no Brasil (26 de fevereiro de 2020).

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