Existem muitos fatores macroeconômicos afetando o comportamento de consumo do brasileiro, sejam eles locais, como alta da inflação, crise hidrica, desemprego e fome, como globais, como a covid e o conflito na Ucrânia.
Cada categoria é impactada de formas distintas, e alguns perfis de consumidores também sentem mais a influência desses fatores. Mas há soluções que podem ser mais exploradas, muito mais além do que falar de preço baixo e promoções.
Por exemplo, de acordo com o Relatório Mintel Atitudes em Relação a Ética e Sustentabilidade, 66% dos brasileiros diz evitar ativamente o desperdício de alimentos. Além disso, 38% considera como sustentável uma empresa que utiliza recursos frequentemente descartados. Assim, empresas podem adotar ações de redução de desperdício na indústria, ganhando a atenção dos consumidores ao estabelecer paralelos entre seus hábitos em casa, e as ações das marcas e empresas no processo de produção.
A crise hídrica no Brasil impactou em um aumento nos gastos do brasileiro e, entre a classe C, 31% dos brasileiros relataram estar tomando banhos mais curtos para economizar dinheiro, segundo Relatório Mintel Hábitos de Higiene Pessoal. Sabonete em barra é um produto usado todos os dias por 91% desses consumidores – diante disso, as marcas de sabonetes em barra poderiam inovar ao trazerem fórmulas com tecnologia de rápido enxágue, como forma de ajudar esses consumidores a economizarem água de forma consistente.
A escalada do preço do petróleo, resultante do conflito na Ucrânia, levará ao aumento no preço de seus derivados utilizados para a fabricação de embalagens plásticas, o que pode impactar negativamente os fabricantes de produtos de cuidados domésticos – que podem acabar repassando este custo ao consumidor final. Segundo o Relatório Mintel Hábitos de Cuidados da Casa, 24% dos entrevistados citaram “sustentável (ex. embalagens ecológicas, neutras em carbono)” como um atributo importante ao comprarem produtos de limpeza doméstica. Assim, os fabricantes de produtos para o lar podem buscar alternativas de materiais mais sustentáveis – mesmo que o custo seja mais elevado, ele é ao menos justificado pelos claims relacionados à sustentabilidade, atributo muito importante para um quarto dos brasileiros.
O Relatório Mintel Atitudes e Hábitos dos Donos de Pets nos mostrou que 47% dos tutores de animais dá banhos ao menos duas vezes por mês em seus animais e que 28% dos donos de animais afirmam que gostam de produtos com fragrâncias que durem mais, muitos manifestaram preocupação com possíveis malefícios de uma frequência alta de banhos e da utilização de produtos com fragrâncias fortes. Sendo assim, as marcas de produtos de banho podem investir em produtos clean label com composições mais naturais que transmitam maior segurança para os tutores de animais, bem como na utilização de óleos essenciais naturais que proporcionem fragrâncias mais duradouras e seguras.
Se você é um cliente Mintel interessado em saber mais sobre os consumidores brasileiros, fale com seu Gerente de Contas. Se você não é cliente da Mintel e está interessado em saber mais, entre em contato e confira o artigo de Toby Clark, ‘Ucrânia e inflação: consumidores pesam’.