O governo brasileiro autorizou o primeiro produto de cannabis a ser fabricado no país e ampliou o acesso ao uso de cannabis no tratamento de doenças graves crônicas. A Anvisa autorizou a produção e comercialização local de cannabis medicinal.
A autorização é válida para produtos que apresentam até 0,2% da concentração de THC, prescrita para pacientes com dor crônica que não respondem aos tratamentos tradicionais. Para outros casos que exigem uma concentração maior de THC, os medicamentos continuarão sendo importados de outros países, pois as permissões de fabricação ainda não foram discutidas.
Por que isso importa
A jornada do consumidor em direção ao tratamento de doenças crônicas costuma ser longa e dolorosa, pois os medicamentos usuais nem sempre são eficazes e têm alto custo. Ao mesmo tempo, os processos para medicamentos à base de cannabis são longos, não apenas por razões burocráticas, mas principalmente devido às importações, que podem levar até 40 dias úteis. Sendo assim, autorizar a produção local desses tratamentos aumentará e agilizará o acesso a produtos cruciais para manter as condições de saúde desses pacientes ou mesmo suas vidas.
O que vimos
Espalhando o alcance da maconha medicinal: a Khiron, fabricante de produtos medicinais de cannabis, firmou parceria com a rede de farmácias Locatel para expandir o acesso a produtos de cannabis medicinal na Colômbia.
Colorado aumenta receita: as vendas legais de cannabis no Colorado em 2019 atingiram um recorde.
O que esperamos do futuro
Autorizar a fabricação desses medicamentos é o primeiro passo para aumentar a disponibilidade. Governos, empresas farmacêuticas e outros agentes do setor de saúde devem trabalhar juntos para democratizar o acesso a tópicos relacionados à maconha medicinal em vários níveis. Desde informações sobre seus benefícios relacionados à saúde, tanto para pacientes quanto para médicos, até o fornecimento de produtos para todo o território brasileiro, esses novos medicamentos representam esperança para milhares de pessoas que precisam de ajuda. Em um país marcado por um acesso precário à saúde, esse tipo de avanço é ainda mais crucial.