Tendências Globais do Consumidor Mintel 2030: Como sete principais condutores do comportamento do consumidor irão definir os mercados globais pelos próximos dez anos.

A Mintel é especialista em identificar o que consumidores querem e por quê. Por isso somos melhor capacitados para prever com precisão tanto o futuro do comportamento do consumidor quanto o que isso significa para as marcas. Como anunciado no dia 7 de fevereiro, decidimos dar um passo a mais em nossas previsões sobre o futuro dos mercados consumidores globais ao incorporar sete fatores essenciais que conduzem as decisões de gastos do consumidor.

  • Bem-estar: Em busca de saúde física e mental.
  • Arredores: Sentindo-se conectado com o ambiente externo.
  • Tecnologia: Encontrando soluções nos mundos físicos e digitais através da tecnologia.
  • Direitos: Sentindo-se respeitado, protegido e apoiado.
  • Valores: Encontrando benefícios tangíveis e mensuráveis a partir dos investimentos.
  • Identidade: Compreendendo e expressando a si mesmo e o seu lugar na sociedade.
  • Experiências: Buscando e descobrindo estímulos.

Gabrielle Lieberman, Diretora de Mintel Trends e Pesquisa de Mídias Sociais para as Américas, analisa a seguir esses sete condutores e como eles irão impactar os mercados, marcas e consumidores ao longo da próxima década.

BEM-ESTAR

“Bem-estar não é mais simplesmente querer cuidar de si mesmo em termos gerais. Também não se trata de uma mudança total de estilo de vida ou adotar um regime intenso. Ao contrário, o principal motivador do comportamento do consumidor parece ser uma abordagem holística baseada em conveniência, transparência e valor. Nos próximos dez anos, haverá oportunidades para as marcas se tornarem parceiras de bem-estar dos seus consumidores. Embora as abordagens de mercado de massa e modelos de consumo padrão ainda preservem seu valor, veremos o crescimento de soluções sob medida que visam alcançar as diversas e díspares necessidades dos consumidores. Água e ar limpos se tornarão um diferencial. Exercícios de atenção plena e movimento consciente vão se tornar tão importantes quanto exercícios físicos”.

ARREDORES

“O aumento da população global e a crise climática estão forçando as pessoas a reduzir o consumo, o lixo e o uso de energia. Elas estão aprendendo a compartilhar espaços limitados mais eficazmente e a trabalhar de forma colaborativa para fins de ganho mútuo em vez de lucro comercial. Uma melhor e mais barata tecnologia de telecomunicação permite condições de trabalho flexíveis, possibilitando que os consumidores se tornem nômades digiais. Nos próximos dez anos, as tensões sociais só tendem a aumentar conforme aumenta a competição por recursos. Isso pode criar maior estratificação social e o fracasso em lidar tanto com a necessidade de usos mais eficientes dos recursos como com um melhor planejamento urbano. Isso vai consequentemente pressionar as cidades a continuar se expandindo, reduzindo as áreas selvagens que ainda restam, assim como as áreas rurais, levando a uma maior exacerbação do custo da produção, o que deixará os produtos básicos ainda mais caros para a maioria da população”.

TECNOLOGIA

“A tecnologia móvel continua a misturar os limites entre tempo, viagem e locais para trabalho, aprendizado e lazer. Isso vai cada vez mais incorporar elementos da realidade virtual e aumentada (VR/AR) em várias indústrias, como turismo e entretenimento, e esportes virtuais irão competir em popularidade com os esportes físicos. Ao longo da próxima década, os consumidores irão voltar atrás nos sistemas de pagamentos cashless (sem dinheiro físico) e nas lojas 100% sem funcionários, exigindo mais privacidade e buscando mais interação humana. Veremos tecnologias serem desenvolvidas para reduzir os efeitos da migração e do deslocamento, entre outros grandes desafios trazidos pela desigualdade econômica e pelo envelhecimento da sociedade”.

DIREITOS

“A ‘cultura do cancelamento’ está crescendo à medida que os consumidores se sentem empoderados em boicotar empresas, marcas e pessoas com as quais eles discordam, colocando o poder de influência nas mãos do consumidor coletivo. O ativismo juvenil irá tomar a liderança na conscientização pública de diversas causas e irá pressionar os líderes legislativos a desenvolverem e promulgarem ideias que promovam mudanças reais. Enquanto isso, uma abordagem de dados mais centrada no humano está crescendo e possibilitando que as pessoas controlem como seus dados pessoais são coletados e compartilhados. À medida que os consumidores começam a ganhar mais acesso aos seus dados pessoais e a perceber que eles têm valor, eles também passam a exigir mais por isso. De forma semelhante, a tecnologia blockchain irá mudar a posse dos dados, tornando os consumidores empoderados na retomada do controle de quem tem acesso às suas informações online”.

IDENTIDADE

“Os consumidores estão desafiando o status quo, distanciando-se das definições rígidas de raça, gênero e sexualidade e escolhendo uma abordagem identitária mais fluida e auto-definida. À medida que os consumidores buscam redefinir suas identidades, o surgimento de medos relacionados à solidão e ao isolamento pode fazer com que se sintam como se estivessem perdendo o sentido de si mesmos, aquilo pelo qual lutaram tanto. As pessoas estão mais conectadas hoje do que em qualquer outro momento da história, mas os sentimentos de solidão e isolamento estão crescendo e alcançarão proporções epidêmicas até 2030. É provável que veremos empresas, marcas, organizações sociais e governos criando soluções tecnológicas para ajudar no combate à solidão e na luta contra essa epidemia. Conforme mudam as identidades, mudam também as formas de socialização. No futuro, veremos pessoas vivendo de acordo com suas ‘tribos’ – ditadas por seus pensamentos e hobbies – em vez de suas famílias”.

VALORES

“Vivemos em uma era de um consumo excessivo e insustentável. A cultura do “deslize para cima” das redes sociais perpetuou uma corrida consumista em que o lema parece ser “compre mais, compre melhor”. Com a mudança climática como uma das questões principais da sociedade moderna, os consumidores estão prestando mais atenção aos seus hábitos de consumo. Além de buscar uma abordagem mais consciente de seus gastos, os consumidores também desejam algo que seja autêntico e singular. Os consumidores irão se distanciar dos ritmos de vida mais agitados e do consumo em excesso e vão se direcionar para um consumismo mais lento e minimalista que enfatiza a durabilidade, proteção e funcionalidade. A rápida urbanização vai encolher os espaços disponíveis nos lares, escritórios e ambientes compartilhados, exigindo que os consumidores comprem ‘menos coisas'”.

EXPERIÊNCIAS

“A demanda por estímulos não é nenhuma novidade, mas o papel que ela exerce nas decisões do consumidor está evoluindo. A experiência não deve mais ser diminuída a uma mera ferramenta de marketing ou modinha; ao contrário, os consumidores estão experimentando conexões emocionais poderosas com as marcas, de tal forma que estão criando um ponto de diferenciação. A tecnologia está conduzindo as experiências. Mas a conectividade constante também está criando a demanda de que as interações offline se tornem mais intensas e dedicadas. Experiências coletivas irão ganhar mais e mais popularidade. As pessoas irão começar a redefinir que experiências elas desejam ter como indivíduos. Isso vai incluir a experiência de fazer nada à medida que as pessoas tomam decisões mais conscientes sobre o que fazer com seu tempo”.

Para saber como os sete condutores identificados pela Mintel irão moldar os mercados consumidores em 2020 e nos próximos cinco e dez anos, faça o download do relatório grátis aqui.

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Entrevitas com Gabrielle Lieberman, Diretora de Mintel Trends e Pesquisa de Mídias Socias para as Américas, estão disponíveis através da assessoria de imprensa da Mintel (Mintel Press Office).

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