Entre os lançamentos de produtos alimentícios e bebidas contendo adoçantes intenso, o uso da sucralose, durante os últimos cinco anos, tem permanecido relativamente constante, encontrado em cerca de 40% dos lançamentos. Em comparação, a utilização do aspartame em novos lançamentos de produtos diminuiu, caindo 8% nos últimos cinco anos, configurando-se na maior queda de todos os adoçantes artificiais. De todos os produtos alimentícios e bebidas feitos com adoçantes lançados em 2009, 40% trouxeram o aspartame. Mas dentro do mesmo grupo de produtos lançados em 2013, apenas 32% usavam aspartame.

O declínio do aspartame em popularidade pode ser parcialmente atribuído a preocupações sobre a sua segurança. O aspartame sofreu uma quantidade considerável de publicidade negativa nos últimos anos, com relatos de que ele causa doenças e reações tóxicas quando consumido. Embora os estudos científicos que sustentem essas evidências ainda sejam inconclusivos e os órgãos reguladores confirmam que ainda é seguro consumí-lo, parece que a sua popularidade caiu. Quase um terço dos consumidores dos Estados Unidos afirmam que tentam evitar o aspartame quando compram bebidas dietéticas.

A introdução da sucralose, que estreou na América do Norte e Australásia na década de 1990, e foi aprovada pela União Europeia como um adoçante em 2004 também contribuiu para a impopularidade do aspartame. Mesmo que a sucralose sofra, igualmente, um processamento intensivo como o aspartame, ela não tem o mesmo estigma do aspartame. A sucralose tem sido relativamente bem-sucedida em manter uma imagem melhor do que o aspartame, já que endossa a si mesma como sendo o único adoçante derivado do açúcar, o que lhe projeta uma imagem mais “natural”. Como resultado, a sucralose tem se posicionado como o menos maléfico entre os adoçantes artificiais, tornando-se uma atraente alternativa ao aspartame.

Observando todos os adoçantes intensos, o acessulfame K lidera em termos
de atividade de lançamentos. O seu uso alto pode ser parcialmente atribuído ao fato de geralmente vir misturado com outros edulcorantes. No entanto, como pode ser visto com o aspartame, a participação dos produtos usando o acessulfame K, como
adoçante, diminuiu, caindo de 56% dos lançamentos em 2009, para 49% em 2013. Ao
analisar os valores mundiais de adoçantes, a sucralose corresponde ao maior setor.
O valor estimado de mercado da sucralose em 2012 foi de US$ 400 milhões, um aumento de 25% desde 2010. A performance da sucralose em termos de volume de vendas apresentou resultados ainda mais expressivos, correspondendo a 4 mil toneladas em 2012, um crescimento de 54% em relação a 2010.

A demanda contínua por sucralose é motivada por diversos fatores, entre os quais a crise de obesidade e o aumento de incidência de diabetes tipo 2. Ao mesmo tempo, preços voláteis do açúcar incentivam a utilização de edulcorantes, enquanto a contínua publicidade negativa em torno da segurança do aspartame tem trabalhado a favor da sucralose.

Investimentos chaves dos principais players do setor refletem esse aumento de demanda e o antecipado crescimento da sucralose. Isso inclui a líder global Tate & Lyle que reinstalou sua fábrica de sucralose no Alabama em 2012 para atender esse crescimento em demanda. Aliás, essa foi a primeira fábrica do mundo focada na produção de sucralose, mas foi fechada em 2009, quando as operações foram transferidas para a Cingapura.

A reabertura da fábrica também significa que a Tate & Lyle agora pode fornecer
pó e formas líquidas dos adoçantes, aos seus clientes, de ambas as fábricas: Alabama e Cingapura. O segundo maior produtor de sucralose no mundo, a JK Sucralose, aumentou sua produção anual de sucralose, de 500 toneladas para 1.200 toneladas nos últimos anos, e estima que crescerá para 6.000 toneladas até 2018.

Laura Jones é analista global de Ciências da Alimentação. Antes de se juntar a Mintel, Laura atuava na divisão de Desenvolvimento de Novos Produtos para uma empresa da área de refrigeração na Nova Zelândia, onde desenvolvia projetos de segurança e cuidados alimentícios.  Laura é bacharel em ciências, especializada em alimentação e nutrição, e pós-graduada em biociências de empresa.

 

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